2006/12/31

Feliz Año Nuevo

El que tropieza y no cae, dos pasos adelanta.


Brindemos al cruzar la medianoche.
Gocemos del amor en los abrazos.
No debemos llamar trivial derroche
lo gastado en trenzar humanos lazos

Suman doce las uvas de la suerte
y doce campanadas da el reloj.
Racimos y campanas en la noche
son abrazos y besos del amor.

Las uvas de la vida
con el tiempo serán el dulce néctar
de la última alegría,
cuando al fin el espíritu despierta.

Hermosos nacemos,
como nuevas uvas.
Añejos seremos
cual vino en las cubas.

No temamos al ver pasar el tiempo
arruinando los cuerpos poco a poco,
cual las uvas seremos Vino Nuevo
en un cielo que espera venturoso.

¡Qué inocentes son los niños!
¡Qué expertos son los ancianos!
De las uvas, el buen el vino,
es mejor al cumplir años.

De la hermosa lozanía
vamos a la madurez.
Las uvas se harán un día
el néctar de nuestra prez.

El niño mira al futuro.
El anciano mira al cielo.
En el racimo, las uvas,
tienen su destino incierto,
pueden ser uvas de mesa
o sabroso Vino Nuevo.

Nacemos en la tierra, en este mundo,
como flores de bellas primaveras,
y el tiempo nos acerca, vagabundo,
al eterno verdor de las praderas,
brotaremos del cuerpo moribundo
en celestiales horas venideras.

Un año termina ahora.
Un año nuevo comienza.
Toda la vida es hermosa
si vamos hacia la meta
con ilusión en la alforja
y con fe en la Providencia.

El paso de un año a otro
es tiempo de reflexión,
de iluminar los rincones
oscuros de humano error,
de reanudar la vida
a la luz de eterno Sol.



Atención

Guerra contra o portunhol
"O ensino do espanhol no Brasil e do português na Argentina é cada vez mais comum
Redação Tupinitango
"A força em inglês e espanhol", diz a propaganda de uma escola de idiomas em um outdoor da Av. Presidente Vargas, uma das mais movimentadas do centro do Rio de Janeiro. "Español a la mitad del tiempo" diz a propaganda ao lado. Cenas como esta se tornaram comuns no Brasil desde o início do Mercosul. A procura por cursos de espanhol teve grande crescimento entre os brasileiros à medida que cresceu entre a população a percepção a importância estratégica deste idioma. Processo semelhante aconteceu com o ensino do português na Argentina. O inglês sempre foi e continua sendo o idioma estrangeiro mais estudado em ambos os países. Em um mundo cada vez mais globalizado, este é o idioma universal, que por fatores históricos - o imperialismo inglês e posteriormente o americano - é aprendido e falado nos quatro cantos do planeta. No mercado de trabalho, o domíno desta língua deixou de ser um diferencial e passou a ser pré-requisito. Trocando em miúdos: quem não a domina, fica de fora. O mercado de trabalho passou a ficar cada vez mais competitivo. Se falar inglês não é mais diferencial, a procura por um segundo idioma extrangeiro é cada vez mais comum no Brasil e na Argentina. Com a consolidação do Mercosul, é mais do que natural que o espanhol e o português sejam este segundo idioma. O estudo do português na Argentina e do espanhol no Brasil é fundamental também para a integração cultural do Mercosul. As músicas, por exemplo, se tornam muito mais atraentes quando entendemos suas letras. O Brasil, sendo o único país latino-americano que não fala espanhol, é considerado um "caso particular". É cercado por sete países hispanoparlantes: Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela. Apesar desta aproximação geográfica, muitos acham que os brasileiros sempre deram as costas para a América Latina e preferem "olhar" para a América do Norte e Europa. Este distanciamento do Brasil em relação a América Latina há alguns anos era evidente. O francês era um idioma muito mais valorizado que o espanhol, a ponto de ser ensinado nas escolas primárias junto com o inútil latim. Os cursos de espanhol eram escassos e pouco procurados. Na Argentina, o francês há alguns anos também era muito mais valorizado e estudado que o português. Este cenário mudou muito ultimamente. Os brasileiros parecem ter percebido a importância do espanhol e da maior aproximação do Brasil com relação a América Latina. A procura pelos cursos de espanhol cresceu muito. Como segunda língua estrangeira, alguns fatores pesam a favor deste idioma em relação aos outros "concorrentes", como o francês, italiano e alemão. Além da importância estratégica, o valor do espanhol no mercado de trabalho no Brasil cresceu muito também com os pesados investimentos que o país recebeu da Espanha nos últimos anos, de empresas como a Telefonica, a petroleira Repsol e os bancos Santander e BBV. Um outro fator que pesa em favor do espanhol entre os brasileiros é a facilidade de aprendizado deste idioma em relação aos outros. O espanhol é o idioma mais próximo do português, têm gramática e vocabulário muito semelhantes e por isso os cursos completos duram no máximo 3 anos, bem menos que os 5 ou 6 anos dos cursos de inglês e francês. Com um ano de curso, já é possível ter alguma fluência no espanhol, coisa bastante difícil no inglês ou no francês. É justamente esta proximidade entre o português e o espanhol que faz com que alguns brasileiros pensem que o estudo do espanhol seja desnecessário. Muitos acreditam que conseguem "enrolar um portunhol" quando precisarem - em uma reunião de negócios ou em uma viagem, por exemplo - simplesmente acrescentando "ita" ao final das palavras (como "pessoita" ou "cervejita"), mas não é bem assim. É um idioma extrangeiro como qualquer outro e que precisa ser estudado para se ter alguma fluência. Entre os argentinos, também há a percepção de que o português é um idioma de mais fácil e rápida aprendizagem em relação a outros idiomas. A importância estratégia do português também é levada em consideração, já que o Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina e vem recebendo muitos investimentos de empresas brasileiras nos últimos anos. Além disso, fatores quantitativos pesam em favor do português: apesar de ser o idioma oficial de apenas um país da América Latina, é falado por 80% dos habitantes do Mercosul, por 50% dos sul-americanos e por 34% dos latino-americanos. Apesar de todo este cenário favorável, ainda existem preconceitos com relação ao espanhol no Brasil e ao português na Argentina. Muitos brasileiros torcem o nariz para o espanhol e o consideram um idioma que soa feio. O mesmo acontece com o português na Argentina. Estas pessoas normalmente preferem estudar francês e italiano porque "são muito mais bonitos", ignorando que estes idiomas têm muito pouca importância estratégica dentro da América Latina e o estudo deles, portanto, acaba se tornando apenas um "hobby". Também parecem ignorar que o português e o espanhol são idiomas que têm sonoridade, gramática e vocabulário muito parecidos, além de todas as outras vantagens que seus aprendizados têm em relação aos outros idiomas. A questão da "feiura" de um idioma é polêmica e pessoal. Um mesmo idioma pode ter sotaques com sonoridades e vocabulário completamente diferentes dependendo da região. Algumas pessoas adoram o inglês britânico, mais formal e com uma sonoridade menos nasal que a do inglês americano. Outros já preferem o inglês de Nova Iorque, onde as pessoas mais parecem que falam pelo nariz. No Brasil, muitos adoram o sotaque cantado dos baianos, e acham feio o dos habitantes do sul do país. Outros acham o contrário, adoram o sotaque de gaúchos e catarinenses e odeiam o dos baianos. Entre os países hispanoparlantes, as diferenças regionais no idioma também são grandes. Os portenhos (habitantes de Buenos Aires) falam um espanhol com uma sonoridade claramente influenciada pelo italiano, trazido pelos imigrantes. Já o mexicanos falam cantando e os espanhóis tem outro sotaque diferente. Tudo não passa de uma questão de gosto pessoal. Dizer que é feio um determinado idioma é ignorar que ele pode ter belos sotaques de acordo com a região onde ele é falado. A percepção dos diferentes sotaques de um idioma geralmente só aparece depois de algum tempo de estudo e de se ter acostumado melhor os ouvidos. A grande dúvida é saber se no futuro a língua de Cervantes e a de Camões crescerão ainda mais em importância e ameaçarão dentro da América Latina o reinado do inglês. Quem viver, verá. Ou melhor, "Quien viva, verá".




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